A estrutura da celular (citoplasma I)

Hialoplasma


Toda célula eucarionte possui uma membrana como envoltório nuclear. Entre este e a membrana plasmática existe uma substância com consistência mais próxima da gelatinosa preenchendo tal espaço, que é chamado de citosolhialoplasma ou matriz citoplasmática. Nos procariontes ele ocupa quase todo espaço da célula, uma vez que não possuem separação entre núcleo e citoplasma.
A composição do hialoplasma é na maior parte de água, possui íons como sódio, potássio, cálcio, cloro, bicarbonato; aminoácidos e macromoléculas como proteínas e açúcares, além de grânulos de glicogênio e gotículas de gordura.
Nele estão mergulhadas as diversas organelas celulares, como o retículo endoplasmático liso, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos e cloroplastos nos fotossintetizantes. Existem ainda, filamentos finos e longos de proteína que formam o que chamamos de citoesqueleto, o qual direciona e guia os movimentos celulares.
Desta forma, no citosol acaba acontecendo diversas reações químicas essenciais para a vida. Não possui uma função exclusiva na célula, mas é nele que acontecem muitas vias metabólicas nos eucariotos e a maior parte delas nos procariotos.


Organelas Celulares 

As organelas ou orgânulos celulares são estruturas citoplasmáticas especializadas na realização de determinadas funções. São elas: retículo endoplásmatico, complexo golgiense, lisossomos, plastos, mitocôndrias, vacúolos, centríolos e peroxissomos.  


O retículo endoplásmatico 

O retículo endoplasmático é uma organela que está relacionada com a síntese de moléculas orgânicas. Existem 2 tipos de retículo: o liso e o rugoso, que tem formas e funções diferentes.
O rugoso é associado aos ribossomos e à síntese de proteínas, enquanto o liso produz os lipídios. Os retículos são estruturas membranosas compostas de sacos achatados e localizados no citosol da célula.

Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)

O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos adquire uma aparência áspera, motivo pelo qual é chamado de rugoso ou granuloso. Está localizado no citoplasma, próximo ao núcleo, sendo a sua membrana uma continuação da membrana nuclear externa.

Funções do RER

A proximidade com o núcleo torna a síntese de proteínas mais eficiente, uma vez que o RER pode enviar rapidamente um sinal para o núcleo iniciar o processo de transcrição do DNA, e ainda quando há proteínas deformadas ou desdobradas (inativas), há um sinal específico para melhorar o processo, caso contrário, será sinalizado que a célula deve ser encaminhada para uma morte programada (apoptose).
O Complexo Golgiense 
O Complexo de Golgi ou Aparelho de Golgi, ou ainda Complexo Golgiense, é uma organela de células eucariontes, composta de discos membranosos achatados e empilhados.                                                                                                                                                  Suas funções são modificar, armazenar e exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e além disso, origina os lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides.
Funções
Na face cis da cisterna as vesículas recebidas do RER contém proteínas (produzidas pelos ribossomos associados ao retículo) que serão modificadas e dobradas.
Algumas dessas proteínas são glicosiladas, ou seja, sofrem reação de adição de um açúcar no RER. Esse processo é completado no Golgi, caso contrário, essas proteínas podem se tornar inativas.
Na face trans as proteínas são "empacotadas" em vesículas membranosas. Desse modo, são originadas muitas enzimas, bem como os lisossomos primários e os peroxissomos.
Enquanto essas organelas ficam no citoplasma da célula, as proteínas são muitas vezes enviadas para fora da célula.
Uma outra função do Complexo de Golgi é a formação do acrossomo que se localiza na cabeça do espermatozoide.
O acrossomo é o resultado da fusão de vários lisossomos formando uma grande vesícula, que contem enzimas digestivas para auxiliar na perfuração da membrana do óvulo.
Os Lisossomos 
Os lisossomos (do grego lise, quebra, destruição) são bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas. Com origem no aparelho de Golgi, os lisossomos estão presentes em praticamente todas as células eucariontes. As enzimas são produzidas no RER e migram para os dictiossomos, sendo identificadas e enviadas para uma região especial do aparelho de Golgi, onde são empacotadas e liberadas na forma de pequenas bolsas.
Os lisossomos são organelas responsáveis pela digestão intracelular. As bolsas formadas na fagocitose e na pinocitose, que contêm partículas capturadas no meio externo, fundem-se aos lisossomos, dando origem a bolsas maiores, onde a digestão ocorrerá.
As bolsas originadas pela fusão de lisossomos com fagossomos ou pinossomos são denominadas vacúolos digestivos; em seu interior, as substâncias originalmente presentes nos fagossomos ou pinossomos são digeridas pelas enzimas lisossômicas.
À medida que a digestão intracelular vai ocorrendo, as partículas capturadas pelas células são quebradas em pequenas moléculas que atravessam a membrana do vacúolo digestivo, passando para o citosol. Essas moléculas serão utilizadas na fabricação de novas substâncias e no fornecimento de energia à célula.
Eventuais restos do processo digestivo, constituídos por material que não foi digerido, permanecem dentro do vacúolo, que passa a ser chamado vacúolo residual.
Muitas célula eliminam o conteúdo do vacúolo residual para o meio exterior. Nesse processo, denominado clasmocitose, o vacúolo residual encosta na membrana plasmática e fundem-se com ela, lançando seu conteúdo para o meio externo.

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